Sou da época que a pergunta who the fuck are Arctic Monkeys tinha algum fundamento, que os pais olhavam torto quando viam a capa de “Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not”, que Alex Turner e Matt Helders juntos tinham mais espinhas que metade da população adolescente de um colégio. Uma legião de fãs acompanhou a transformação dos quatro rapazes de Sheffield que distribuíam seu material de graça ao final de cada show em verdadeiros ícones do rock n’ roll. A musicalidade do Arctic Monkeys pode ser dividida em três fases bem concretas: a procura do próprio som, com Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not e Favourite Worst Nightmare, a experimentação de novas técnicas para enriquecer a musicalidade da banda e criação de letras mais densas e complexas com Humbug e o ápice das habilidades poéticas e musicais com AM, de 2013. Provavelmente você deve estar se perguntando sobre Suck It And See, que apesar de conter rebuscamento nas letras, parece não se encaixar em nenhuma das fases. Seus b-sides “Evil Twin” e “The Blond-O-Sonic Shimmer Trap” são mais poderosos e completos que muitas faixas do álbum, que apesar de agradável, não conseguiu manter o padrão alcançado em Humbug.
O amadurecimento da banda pode ser percebido também na presença de palco – atualmente Alex Turner até arrisca umas dancinhas – muito couro e muito (muito mesmo) gel de cabelo. Aos poucos, o quarteto de Sheffield foi construindo uma carreira consistente com uma legião de fãs fiéis, mesmo após o disco mais complexo e divisor de águas “Humbug”. O Arctic Monkeys causou um verdadeiro frenesi quando anunciou sua primeira vinda ao Brasil fora de festivais, com apresentações em São Paulo e Rio de Janeiro nos dias 14 e 15 de novembro. As expectativas não poderiam ser maiores, fãs de todo o Brasil, de Manaus até Rio Grande do Sul se reunirão nos dois shows da banda.
https://www.youtube.com/watch?v=BSu1hbbMznw
Analisando os setlists dos shows do Arctic Monkeys na América do Sul, temos uma escolha interessante de músicas. Os grandes hits da banda, como “505”, “Fluorescent Adolescent” e “I Bet You Look Good On The Dancefloor” se entrelaçam com canções do último álbum, agradando tanto os fãs saudosistas quanto os mais abertos às novas fases do Arctic Monkeys.
Os shows do Brasil serão os últimos da turnê AM da banda, que após anos de atividades ininterruptas fará uma pausa.
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