“We could all die any day. But before I’ll let that happen. I’ll dance my life away.” – Prince
Ontem fizemos uma cobertura em tempo real sobre a morte de Prince. Enquanto novos desdobramentos não chegavam, relembramos alguns fatos da vida do artista. Como a postagem acabou ficando grande demais, vamos separar a vida, a biografia aqui e a morte na cobertura original.
O prolífico multi-instrumentista, Prince – nascido Prince Rogers Nelson -, lançou 39 discos de estúdio ao longo de sua carreira, compondo, produzindo e em muitos casos gravando todos os instrumentos, como fez no álbum 1999 (1982), o primeiro a estourar de verdade. Entre os álbuns da discografia de Prince que nunca mais serão esquecidos estão: Prince (1979), Controversy (1981), Purple Rain (1984, o disco definitivo), Sign O’ The Times (1987), Lovesexy (1988) e The Gold Experience (1995). Entre os seus maiores hits, encontram-se faixas como “I feel for you“, “Pop Life”, “When Doves Cry”, “Kiss”, “Let’s Go Crazy”, “Purple Rain”, “Little Red Corvette”, “Batdance”, “Sign O’ The Times”, “U Got the Look” , “1999”, “I Could Never Take the Place of Your Man” e “The Most Beautiful Girl in the World”.
Importante dizer que Prince ainda terminou sua carreira fazendo discos relevantes. Incrível como pouca atenção foi dada para Plectrumelectrum (2014) e Art Official Age (2014). Discos que foram lançados juntos, o primeiro mostra o lado roqueiro de Prince, com suas guitarras sensuais e chorosas. Já Art Official é um álbum para dançar, cheio de recursos eletrônicos, a música que abre o álbum é uma das coisas mais fantásticas daquele ano, composto em 2014, mas soa como algo vindo do futuro, rico, texturizado, com dinâmicas agressivas, não se encaixa em qualquer rótulo atual. Fato que sintetiza a carreira de Prince, conseguiu ser ídolo pop e rock star ao mesmo tempo, plural, transgressor, agressivo, sempre defendeu a liberdade criativa em detrimento das grandes gravadoras, fez um vai e vem com a Warner nos anos 90, quando usou outras alcunhas como de The Artist e , reassumiu de vez como Prince nos anos 2000, no mesmo momento que o seu contrato expirou. E assim permaneceu, firme, até o fim de seu legado artístico.
Certamente é o tipo de artista que ainda iremos nos deparar com muitos lançamentos post-mortem, pois a vida de Prince só se justificava através da música. A figura excêntrica, introvertida, mas que no palco se transformava em algo a serviço da arte. Os seus shows sempre ficaram marcados pela entrega, independente se era para uma pequena plateia de casa noturna (onde já fez shows que terminaram depois das seis horas da manhã), ou um estádio lotado.
Prince ganhou 7 Grammy Awards e outras 30 nomeações. Emplacou 5 singles na primeira posição e outros 14 entre os 10 primeiros. Ganhou o Oscar de melhor canção original em 1985 com “Purple Rain.”
Em 2004, ele entrou para o Hall da Fama do Rock.
Aliás a primeira década do novo milênio ficou marcada pelas brigas de Prince com a Internet. O músico sempre teve uma relação pouco natural com o digital, mesmo que tenha tentado por diversas vezes. Em 2007, entrou em atrito com os próprios fãs em fóruns, requisitando que todo o seu conteúdo fosse retirado do ar. Em uma entrevista ao Guardian afirmou: “Eu devo ir à Casa Branca para falar sobre a proteção de direitos autorais. (Esse abuso) Está virando a guerra do ouro. Não há limites nem fronteiras”. Ele ainda disse que não tinha planos de gravar um novo álbum na época. Os maiores hiatos de Prince aconteceram justamente nestes anos, 2008-2014, tendo lançado ~APENAS~ 2 discos em 6 anos.
O catálogo do músico não está nas maiores plataformas de streaming, como Spotify. Os vídeos no Youtube são escassos, em seus shows recentes, celular e câmera fotográfica eram itens proibidos.
BRASIL
O músico esteve duas vezes no Brasil, em 1985 e 1991, a primeira viagem foi apenas uma visita, a sua única apresentação aconteceu no Rock in Rio 2. Em 2011, o artista viria para o festival BACK2BLACK. Surgiram várias históricas folclóricas à época, de que Prince tinha exigido médico, dentista, e um preparador de voz em seu camarim, além de ter pedido a produção que Oscar Niemeyer fosse ao seu show. Ele fazia questão de conhecer e ter o arquiteto como seu convidado de honra.
O show foi cancelado pelo empresário do cantor, 3 dias antes de acontecer, através de um email seco, sem explicações sobre o motivo. E assim ficamos, um artista com um legado enorme, que praticamente não tocou no Brasil.
OS MELHORES MOMENTOS DO EGO DE PRINCE
A RIVALIDADE COM MICHAEL JACKSON
O OSCAR DE 1985 POR “PURPLE RAIN”
PRINCE FAZ COVER DE CREEP DO RADIOHEAD NO COACHELLA 2008
PRINCE TOCA PURPLE RAIN E LET’S GO CRAZY NO SUPER BOWL 2007
UM DOS ÚLTIMOS REGISTROS AO VIVO EM TV SHOW
PRINCE SE APRESENTA NA CERIMÔNIA QUE ENTROU PARA O HALL DA FAMA DO ROCK EM UMA VERSÃO DE “WHILE MY GUITAR GENTLY WEEPS” DOS BEATLES
Prince em toda sua genialidade com a guitarra, ele sola e improvisa, aplicando tanto virtuosismo como pegada e sentimento. Esse era um dos lances de Prince, como a sua guitarra era uma extensão de seu corpo e dançava com ele, ver o Prince solar é sempre um momento de transe.
1979
1983
1987 – VMAs
1995
2007
You might also like
More from Acervo
Confira os horários e palcos do Lollapalooza Brasil 2020!
Saaaaiuuu os horários e os palcos das atrações do Lollapalooza Brasil 2020 que acontece entre os dias 03 a 05 de …
Lollapalooza Brasil 2020: Ingressos no penúltimo lote, o novo #LollaDouble e as atrações das Lolla Parties
A semana do carnaval está logo aí mas o 505 te lembra que faltam pouco mais de 40 dias para …
Os melhores discos brasileiros de 2019
Simples e direto. Neste ano, estes foram os melhores discos de 2019 para o 505 Indie. 1 Emicida - AmarElo 2 Jaloo …