O novato desta lista é o Shamir, e certamente o disco que traz mais novidades sonoras pra esta lista, com influências de synthpop e R&B, o músico coloca uma densidade e saturação característica das produções atuais. Enquanto uns fazem drama, porque Pharrell leva prêmio como cantor, Shamir vem e mostra versatilidade ao misturar rap com melodia e um timbre único, provando que a fabriqueta de aparecer novos talentos está longe de esmorecer. O lançamento é da XL Recordings. O stream existe no iTunes e nas catacumbas da internet.
A banda intermediária da lista. Com alguns discos lançados e o pézinho no hardcore, o grupo resolveu se reinventar e estreou na Matador Records em 2012, onde lançou o ótimo Zoo, disco mais próximo do punk e dos indies antigos, melodiosos. E agora, retorna com o The L-Shaped Man, álbum que é uma terceira empreitada sonora, mais obscura e post-punk, o álbum retumba em emoções mais lamuriosas de um Birthday Party.
“Muita das emoções tem a ver com perda, e especificamente a perda de alguém que você se importa muito”, diz Farrar, o líder da banda, em press release. “Não existe uma forma de você passar por algo assim artisticamente e não ter sofrido realmente emoções muito forte de perda e dor. Não existe como esconder isto.”
O disco casa perfeitamente com o que eu disse em outro post, hoje mais cedo, sobre a importância de se expor na arte. Well done Ceremony.
O mais experiente da lista é o duo de Portland, The Helio Sequence, que lança o homônimo e sexto disco de carreira, via Sub Pop Records. O álbum vem logo após a experiência da banda assumir um projeto de produção consistente e participativo no segundo disco da banda paulistana, Quarto Negro. Segundo a própria Sub Pop, a banda amadureceu no processo, comprou equipamentos e capacidade de estúdio, possibilitando gravar em alta fidelidade o som caleidoscópico característico do duo. Sendo assim, gravaram o quanto puderam ao longo de dado espaço de tempo, tendo no final 26 músicas prontas, que foram distribuídas aos amigos, fãs e familiares, pedindo para que ranqueassem as 10 melhores. E então surgiu a seleção final, que é um convite à fuga, guitarras chocalhadas, voz ecoada e timbres suaves dão o tom característico da psicodelia do duo, mas este tem uma leveza e uma levada mais pop, refrão altamente repetido e imediatismo, um bom exemplo está na faixa “Red Shifting”. Tudo encaixado, não tem como não gostar. Ouça no Spotify.
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