Vamos começar 2017. Em janeiro tivemos os lançamentos de Flaming Lips, The xx, Migos e Japandroids que merecem alguma atenção.
Já o mês de fevereiro começa a esquentar no lançamentos. Destaque para os discos maior ou igual a 8.
HOMESHAKE – Fresh Air
Peter Sagar, ex-guitarrista do Mac DeMarco volta com seu terceiro álbum solo, Fresh Air. O disco mantém as vibrações de artista de quarto, com alguns temperos mais vibrantes de R&B, principalmente na primeira metade do disco. É o tipo de som que não tem muito meio termo: funciona pra você ou não irá acontecer. Nota: 6
Syd – Fin
Primeiro album solo de Sys, frontwoman do The Internet e ex-Odd Future, o disco transita entre o pop e a R&B. De tônica sensual, moderna e elegante, o álbum tem produções de altíssima qualidade (escolhas de batidas, efeitos, timbres tudo orna muito bem) e contou com participações de: MeLo-X, Hit-Boy, Haze, Steve Lacy e Rahki. é o tipo de disco que abraça o ambiente e funciona em diferentes ocasiões. Nota: 8
Elbow – Little Fictions
O Elbow lança Little Fictions, sétimo disco de carreira da banda inglesa e que não foge muito aos trabalhos anteriores de músicas melancólicas e contemplativas. Ainda que algumas faixas explorem dinâmicas de melodias mais excitantes, é no sentimentalismo e nos arranjos luxuosos. Outro ponto alto do disco, fica por conta de Guy Garvey e seu vocal sereno, de tom e de acentuação bem peculiar a la Morrissey. Nota: 7
Sampha – Process
O produtor inglês Sampha já havia trabalhado com Drake, SBTRKT, Jessie Ware e Kanye West, mas agora chegou a hora de lançar o seu primeiro trabalho na forma de um disco completo. Ontem (03.02) foi lançado Process, um álbum texturizado, aveludado e acolchoado em soul e musicalidade moderna. Nota: 8
Communions – Blue
Quarteto dinamarquês recém-assinado com a Fat Possum Records, onde lança o disco de estreia, Blue. É o tipo de indie rock encharcado em lugares comuns, imaturo e pré-colegial. Fórmulas de timbres e batidas já exauridas nos últimos 10 anos. O tipo de açucarado que é melhor dar um tempo, pela saúde física de quem ouve. O vocal monotônico e andrógino é cansativo, e em diversos momentos possui um timbre que não orna dentro do arranjo. Foi um sofrimento terminar o disco. Nota: 3
Surfer Blood- Snowdonia
Rodeado de histórias pesadas, o Surfer Blood segue perseguindo o seu sonho na música. No entanto, é comum lembrar-se mais da banda fora do palco, do que com suas canções.
Primeiro teve o caso em que John Paul Pitts agrediu uma ex-namorada e teve que fazer acordo para não ir a julgamento, em 2012. Ano passado, o guitarrista Thomas Fekete morreu de um tipo agressivo de câncer. Recentemente também, o baixista da banda saiu para perseguir novos horizontes profissionais.
Snowdonia, o trabalho lançado ontem, não vai ajudar muito no sentido de trazer músicas relevantes que deixem um legado artístico da banda. Não é um disco ruim. Mas, é mais do mesmo, faltou achar uma grande canção. “Instant Doppelgängers” quase chega lá, sendo assim, é a melhor do disco. Nota: 6.5
Moon Duo – Occult Architecture vol 1
Occult Architecture vol 1 é o primeiro de dois discos que o Moon Duo irá lançar este ano. A banda usa de contrastes para criar mais uma jornada psicodélica de alto calibre, com seu rock espacial, aplicando sabiamente distorções, dissonância, efeitos, vocais sussurrados e ecoados. A sensação é de progressão, de movimento, em movimento não-linear. O resultado, segundo a própria banda “é uma viagem da escuridão para a luz e do lado sombrio da colina e de volta para o lado ensolarado, reverberando com tudo o que é eterno e infinito na arquitetura interminável e misteriosa em que ambos os lados harmoniosamente existem.” Nota: 8.5
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