Frida: surge mais uma boa opção do pop rock nacional

Não foram tantas vezes. Tampouco foram poucas. Algo entre 5 e 8 bandas, ao longo de 4 anos de site. Este é um momento daqueles como aconteceu com Quarto Negro, Cambriana (mesmo cantando em inglês funcionaria dentro deste contexto), Carne Doce e algumas outras. Bandas, na ocasião estreantes, que passaram por aqui, em nosso limitado universo de gente mais antenada com música do que a média, mas que certamente também cairiam no gosto da média, se o espaço fosse concedido. Os herdeiros naturais de Legião, Barão Vermelho, Engenheiros, Paralamas e Titãs.

Herdeiros que, possivelmente, constarão como a geração perdida do pop rock nacional. Geração que já vem se arrastando com outros tantos nomes, uma década antes do 505 Indie existir.

O quarteto de Gravataí-RS, Frida, já nasce pronto logo no primeiro disco, o que pode ser explicado pelo fato do grupo já existir há 6 anos, ou seja, nasceu apenas discograficamente, o ouvinte notará que são canções pop maduras, arranjos na medida, bem construídos, sem muita frescura e sem muita simplicidade, coisa que dificilmente se vê por aí saindo de formações mais inexperientes.

Aliás, talvez resida neste aspecto o maior ponto fraco do álbum, falta aquele momento de chamar o ouvinte na chincha mais veementemente, não que fosse uma proposta da banda e que fracassou, é bem provável que nem seja. Mas é um ingrediente desejável de banda do radinho, em pelo menos um ou dois singles.

Por enquanto ficamos assim, tem o streaming logo abaixo, o som tem a cara de um fim de semana com feriado, de tal modo que não poderia ficar pra terça-feira. Semana que vem, talvez surja uma entrevista por aqui e outras elucubrações sobre o som.