Com mais de 40 atrações no line-up, o Lollapalooza acontece no próximo final de semana no Autódromo de Interlagos. Serão dois dias intensos com muita música, espetáculo e alguns shows que a gente espera que se tornem inesquecíveis. Os shows desse ano estão super variados e tem pra todo gosto: desde lendas do rock, passando por ótimos nomes do cenário pop atual, até conceituados nomes na música eletrônica.
E com tanta variedade é normal que role aquela dúvida na hora de escolher qual show assistir. Pra te ajudar nesse tormento a equipe do 505 se reuniu e elegeu os dez shows imperdíveis da edição 2015 do Lollapalooza. Confere aí e bom festival pra nós.
10 – Smashing Pumpkins
Quem: The Smashing Pumpkins, a banda da maior DIVA do rock alternativo.
Horário do show: Domingo – 20h30 às 22h no palco Axe.
Por que é imperdível: Billy Corgan disse no Chile que o nome dele não é Billy, é William Corgan. A maior diva do rock alternativo da geração passada tem feito uns discos honestos, que se não são geniais, também passam longe de ser este lixo que muitos falam. A grande verdade é que as pessoas assumiram a preguiça com o Smashing Pumpkins e criticam antes de escutar. Corgan, toca os clássicos “1979”, “Disarm”, “Zero”, “Bullet With Butterfly Wings” “Tonight, Tonight”. Infelizmente nada do Gish. A banda de hoje é muito melhor que a banda do Chamberlin e da D’arcy. O baixista que vem é o Mark Stoermer do THE KILLERS e o baterista é Brad Wilk, do Rage Against the Machine e que esteve no último disco do Black Sabbath. Se eu não te convenci ainda, então vamos ser pragmáticos, é isto, ou Pharrell Williams te enrolando o show inteiro com músicas editadas e muito converseiro, ou Steve Aoki te sujando de bolo, pela nonagésima-oitava vez no Brasil. A nonagésima-nona será no Tomorrowland.
* por Flavio Testa
9 – Boogarins
Quem: Boogarins, atual número 1 do Brasil no ranking da ATP, do indie mundial (ou o equivalente ao Feijão no tênis).
Horário do show: Sábado – 13h às 13h45min no palco Axe.
Por que é imperdível: A maior menor banda do Brasil, o nome do indie nacional na atualidade. Os Boogarins hoje são o carro-chefe do mais próximo de cena underground que temos neste país. Saídos de Goiânia, de onde várias outras bandas também já saíram, antes ou depois deles. Donos de uma psicodelia tropical ímpar e conectados com o que está rolando lá fora no gênero, onde já conseguiram um certo prestígio tocando em vários festivais e países, -incluindo o complicado mercado norte-americano- algo que nenhuma banda nacional conseguia desde o CSS, no perdido e esquecido rolê new rave. Lançaram o LP de estreia, “As Plantas Que Curam” em 2013, via Other Music Recording Company. Prensado e distribuído pela Fat Possum Records, e com muito orgulho aqui na prateleira de casa. É um grupo que já se vira muito bem com ou sem Lollapalooza, trocando em miúdos, o lugar deles no lineup é mais do que merecido e só prestigia ainda mais o festival, e não o contrário. Tocam em um inclemente horário das 13h. Poderiam e deveriam ter uma posição um pouco mais nobre. Sorte de quem chegar cedo.
* por Flavio Testa
8 – The Kooks
Quem: Ao longo de seus onze anos de carreira, o The Kooks emplacou diversos sucessos e caiu nas graças do público indie. Com a inconfundível voz de Luke Pritchard e um som agradável e cativante, a banda se encaixa perfeitamente em festivais.
Horário do show: Domingo – 16:30 às 17:30 no Palco Onix.
Por que é imperdível: Apesar de “Listen” não ter feito a cabeça de tantas pessoas, o saudosismo fala mais alto quando se trata do The Kooks. Com suas apresentações bem consistentes – porém sem surpresas -, a banda apresenta seu repertório mesclando músicas novas e hits antigos. Vale à pena conferir o show e matar a saudade de Naive, Do You Wanna, Sofa Song, Matchbox e tantas outras músicas “das antigas”.
* por Amanda Marques
7 – Interpol
Quem: Banda novaiorquina formada em 97, mas que começou a ganhar visão a partir de 2002.
Horário do show: Domingo – 15:25 às 16:25 (Palco Skol)
Por que é imperdível: Além de ser a banda do Paul Banks é a banda do Paul Banks. Em 2002 a banda vem com o seu aclamadíssimo disco de estreia “Turn on the bright lights”, com pequenas obras-primas como NYC e Stella was a diver and she always down. A banda é muito “pregada” nas boas execuções de melodias e harmonias. Em alguns momentos chegando a lembrar Joy Division. Depois houve mais 3 trabalhos até o ultimo, El Pintor, lançado no ano passado, o qual deve ser a base desse show. Não dá para perder pois é uma banda que toca com/e o coração. A única grande perda de quem vai apenas no sábado.
* por Raphael Pousa
6 – Robert Plant
Quem: O ex-frontman do lendário Led Zeppelin em sua carreira solo. Dispensa qualquer outro comentário, né?
Horário do show: Sábado – 18:20 às 19:35 (Palco Skol)
Por que é imperdível: Um dos shows mais concorridos para o começo de noite de sábado é de uma das maiores lendas da música. Plant já veio ao Brasil em outra oportunidade, porém esta é a sua primeira passagem com a excelente banda “The Sensational Space Shifters”. Num repertório bem variado com algumas canções de sua extensa discografia solo, Robert Plant faz questão de homenagear alguns clássicos do folk e do blues, como Muddy Watters. Lógico, para a nossa alegria, fãs de Led Zeppelin serão muito bem servidos a noite toda – será que teremos alguma surpresa? Sem dúvidas, deve entrar naquela sua lista de shows para bater com a mão no peito e dizer “Esse eu vi!”
* por Matheus Bonetti
5 – Alt-J
Quem: Trio britânico (também conhecida como apenas ∆) capaz de te viciar pelo variedade incrível de sons
Horário do show: Sábado – 15:55 às 16:55 (Palco Skol)
Por que é imperdível: Se a banda já nasceu de forma curiosa, com a história do “Alt+J” no teclado de computadores Mac representar seu nome, curioso também é o seu primeiro álbum (o meu favorito), chamado “An Awesome Wave”. Repleto de sons alternativos e estilos diferentes passando por trip-hop, folk, indie rock, sintetizadores e riffs pesados, o disco de estréia é capaz de te viciar sem perceber, além de ser minuciosamente bem produzido do começo ao fim. O sucessor – “This Is All Yours” – traz um lado melodicamente mais melancólico do que o de estréia, contrapondo bem em prováveis momentos que possa ocorrer na primeira noite do festival, como no show do Lollapalooza. É daquelas linhagem de “bandas recentes MUST SEE”, que não se pode perder uma performance ao vivo quando se tem a oportunidade! Entendeu o recado?
* por Matheus Bonetti
4 – Pharrell
Quem: Pra quem viveu em uma bolha no ano de 2014, Pharrell Willians é a voz por trás da canção chiclete “Happy”. Acontece que muito mais do que isso, Pharrell é a mente por trás de alguns dos maiores hits pops dos anos 2000. Em seu currículo, além do aclamado N.E.R.D., temos a produção e participação em faixas e álbuns de nomes como Justin Timberlake, Snoop Dogg, Jay-Z e, é claro, Daft Punk.
Horário do show: Domingo – 20:15 às 22:00 no palco Skol
Por que é imperdível: Pela primeira vez no Brasil como ato solo, Pharrell já chega como headliner do segundo dia de festival. Depois de um show arrasador no Coachella do ano passado (mesmo como alguns problemas na voz), a expectativa é que ele coloque todo mundo pra dançar ao som de hits como Get Lucky, Blurred Lines e Happy. O mais legal é que o show não se restringe ao trabalho solo do cara, então saber que poderemos assistir ao vivo pequenos clássicos modernos como Frontin e I Just Wanna Love U (Give It 2 Me), faz com que o show de Pharrell esteja na lista de imperdíveis de qualquer um.
*por Carol Munhoz
3 – St. Vincent
Quem: St. Vincent gravou um belo álbum em 2014. Aliás também o fez com Strange Mercy, em 2011, Actor em 2008 e Marry Me, em 2007. E já gravou um álbum inteiro com o ex-Talking Heads, David Byrne, em 2013. Ela é artista no sentido mais completo da palavra. Não tem medo de ousar, e costuma colocar um show milimetricamente planejado com o intuito de causar diferentes emoções na plateia.
Horário do show: Sábado – 17h às 18h no palco Axe.
Por que é imperdível: Ontem eu comentei sobre o show de Annie na Argentina (aqui tem a íntegra): “O ponto baixo do festival ficou por conta de Annie Clark, do St. Vincent. O show começou com atraso de quase meia hora e com apenas 10 músicas no repertório, a performance passou muito longe do que ela costuma apresentar. Vá por conta e assista aos shows que ela fez no Pitchfork Festival e no Primavera Sound, é outro nível de ferocidade. Annie parecia melindrada, cabe dizer que o show dela é estilo “bowie”, muito mais artístico, mesmo os momentos de fúria com a guitarra -que não aconteceu na Argentina – são todos coreografados, é muito mais arte do que visceralidade. Entre as garotas super poderosas da guitarra, só pra ficar em um exemplo que me ocorreu agora e até já especulado como romance, a já quase veterana Carrie Brownstein tem mais a ver com o que o rock propõe de mais cru, tendo um Kurt Cobain da vida, como seu equivalente de imprevisibilidade. Já Annie é totalmente Bowie, camaleônica e performática.” Estarei no show da St. Vincent, torcendo para que ela se redima no Brasil. Alguns aspectos como horário, certamente irão atrapalhar. O show dela é feito para começar, no mínimo, com o sol se pondo. Um outro fator interessante para você optar por St. Vincent, é que a multidão certamente irá ver Kasabian, liberando espaço pra quem quiser ver o show da Annie ainda mais de pertinho.
* por Flavio Testa
2 – Kasabian
Quem: A banda de indie rock foi formada em 1999 e alcançou o estrelato ao longo de seus cinco álbuns de estúdio, que exploram misturas de diferentes gêneros musicais. Do rock dançante ao psicodélico, o som do Kasabian promete agradar a gregos e troianos.
Horário do show: 17:00 às 18:15 do dia 28 no Palco Onix
Por que é imperdível: O Kasabian é conhecido por suas apresentações ao vivo, que demonstram uma energia contagiante e explosiva. A interação da banda com o público e a química entre Serge Pizzorno e Tom Meighan tornam os shows da banda envolventes. Músicas como Fire, Shoot The Runner e Vlad the Impaler são alguns dos clássicos que não podem faltar na apresentação; assim como stevie e bumblebee, do mais recente álbum, “48:13”.
* por Amanda Marques
1 – Jack White
Quem: Pô, não tem essa de quem é Jack White. Você tem que saber.
Horário do show: 21:15 às 23:00 (Palco Skol)
Por que é imperdível: Vamos a um fato: Jack White é, talvez, o maior músico do rock atual. Formou o The White Stripes, 0 Racounters, o The Dead Weather, e ainda tem uma invejável carreira solo. É perceptível nos trabalhos dele o tanto de influência que ele teve de Led Zeppelin, especialmente Jimmy Page, como demonstra os olhos brilhantes no documentário “It might get loud”. No show do Lolla da Argentina, Robert Plant subiu ao palco para cantar a música The Lemon Song em duo com ele. Espero que no Brasil cantem umas 3 músicas juntos. O show é baseado no último, bom, disco “Lazaretto”, mas permeia por toda a carreira deste gênio. É dos shows mais imperdíveis da atualidade.
* por Raphael Pousa
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