Texto e Fotos por Guilherme Moraes
Fomos ao MECA pelo segundo ano consecutivo e novamente o festival surpreendeu pelo formato diferente do que estamos acostumados em São Paulo e Rio de Janeiro, que recebe vários grandes festivais ao longo do ano. Se por um lado a chuva atrapalhou e tirou o clima de “churrascão entre amigos”, por outro o evento continuou trazendo um clima de festa bem maior do que outros festivais.
Quem deu a largada no palco principal foi o recém-formado Rio Shock, que chegou com seu funk dos anos 90 misturado com house music e colocou todo mundo pra dançar. Junto com o tão falado Moleque Transante – que atende pelo apelido de Safadinho – o produtor João Brasil se apresentou com os vocais MC Sabará e Dannie, o DJ Filipe Raposo e o percussionista Junior Teixeira.
Em seguida veio Thiago Pethit, que apresentou músicas de seus dois álbums Estrela Cadente e Berlim, Texas. Com menos de uma hora de show, ele conseguiu mostrar até suas músicas mais calmas, sem deixar a animação do público cair. Na sequência veio a dupla Savoir Adore, diretamente de Nova York.
Um pouco mais intimista do que as bandas que viriam a seguir, o duo fez um ótimo show, conquistando até aqueles que não os conheciam e fazendo uma boa transição entre as apresentações nacionais das internacionais.
Caminhando para o fim do festival recebemos a jovem Charli XCX, que se mostrou bem diferente da tímida menina que andava sozinha pelo backstage. Durante o show ela se jogou no palco, pulo, gritou e em alguns momentos demonstrava surpresa com a recepção do público, que cantava em coro as músicas mais conhecidas.
Com os ânimos lá em cima, o público já estava preparado para receber os meninos do Friendly Fires, que vieram mais animados ainda. A banda mais rebolante do festival colocou todo mundo pra pular, cantar e dançar ao som de músicas de toda a carreira da banda. À pedidos, voltaram pro bis e logo deixaram o palco para os austríacos do Klangkarussell, que transformaram o festival em uma balada, discotecando pra todo mundo que ainda estava resistindo as mais de dez horas de festival que já tinham se passado.
E o festival foi assim, animado. A chuva pode ter atrapalhado um pouco no começo, mas depois já não era mais um problema tão grande assim. Já é o segundo ano que marcamos presença no festival, então, que venha 2015.
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