CERIMÔNIA DE ABERTURA
No último dia 07 de Dezembro, estivemos presente na abertura da SIM 2016 (Semana Internacional da Música), em São Paulo, como falamos aqui. O evento inaugural aconteceu no Auditório do Ibirapuera, fez parte da programação gratuita e teve ingressos disputados a tapa pelo público, desde o meio da tarde quando as filas começaram a tomar forma sob uma chuva que não deixou as coisas tão fáceis assim. Não era por menos: as performances da noite começariam com a carioca Mahmundi divulgando seu ótimo trabalho de estréia, o araraquarense Liniker e sua banda Os Caramelows, retornando ao evento que lhe deu oportunidade de mostrar sua música ano passado, além da participação dela, “A Mulher Do Fim do Mundo”, a guerreira Elza Soares.
Quem conseguiu entrar, foi recebido com um coquetel bem interessante e que só se encerrou com o início dos shows dentro do auditório. De começo, a apresentação da Marcela Vale, mais conhecida como Mahmundi. Aparentemente um pouco nervosa por ser a primeira ali de uma noite importante para o evento e confirmado nas conversas entre público-artista. O gelo inicial só foi quebrado com seu pedido para se aproximar dos espaços próximo a ela, aos poucos deixando-a bem mais a vontade com o tamanho do palco e do lugar. Os elogios ao público tomou boa parte do show, já que recentemente a carioquíssima trocou sua residência para os ares paulistano. Rolou as suas principais canções, como “Hit“, “Eterno Verão‘”, “Calor do Amor“, “Desaguar” e “Leve“, em quase meia hora de apresentação que teve até um show de luzes de celulares, um pedido da própria cantora. Um bom nome que vem surgindo e conquistando seus fãs.
Logo em seguida, após um breve intervalo, Liniker e Os Caramelows sobem ao palco para dar início a sua performance. Bem diferente da anterior, o afinado Liniker se mostra bem mais a vontade com aquele ambiente, com muitos fãs se aglomerando em cada espacinho para ver de perto um dos artistas que explodiu no circuito nacional em 2016, tocando em eventos importantes como o festival Bananada, MADA e o Popload, além de ter dividido o mesmo palco que Caetano Veloso e Céu. Boa parte da apresentação foi baseada no seu único trabalho lançado, o “Remonta“, que conta com as conhecidas “Tua” e “Zero” – neste momento houve o primeiro momento mais bacana de todo o show, com o fundo do palco se abrindo e dando oportunidade de quem estava na parte externa do auditório curtir um pouco do que estava rolando.
Um brinde a aqueles que não conseguiram ingresso e que persistiram em ficar no local – Liniker fez questão de cantar boa parte virado para o lado de fora, em uma noite que estava bem bonita e agradável. Logo após, foi a vez das cortinas se abaixarem e vir a performance de “Ralador de Pia“, que na versão original conta com a voz da Tulipa Ruiz. Na crescente da música, vem o grande momento da noite: as cortinas se abrem e a figura de um dos nossos maiores patrimônios culturais se revela no refrão: era a Elza Soares.
O público foi ao delírio e o volume da performance aumentou monstruosamente, ao ponto de não conseguir ouvir direito tanto a banda quanto a própria Elza. Com o excelente acompanhamento dos Caramelows e a reverência a todo momento por parte do Liniker, Elza cantou “A Mulher do Fim do Mundo”, “Benedita” e “Espumas ao Vento”. Cheia de simpatia e personalidade, mandando os seus “oi, oi, oi, oi” e “deixa eu falar” para o público, Elza dispensa explicações por tudo que representa. Já se passava das 22hs, quando se encerrou uma noite muito bacana e bem escolhida para a SIM SÃO PAULO 2016.
OS SHOWCASES
Já entre os dias 08 e 10 (de quinta a sabado), rolaram alguns showcases diurnos (de menor duração) de diversos artistas que se apresentariam no decorrer da SIM SP nas diversas casas paulistanas. Estas performances aconteceram no Centro Cultural São Paulo e também contavam com a entrada gratuita, era só chegar – de acordo com a disponilibidade do local. Para os credenciados ao evento, existia um acesso e lounge exclusivo que contava com coqueteis, brindes e outros tipos de ações. Consegui curtir boa parte dos shows da quinta-feira (08/12), com Tássia Reis, Verônica Ferriani, Chocolat (França), The Baggios e Maglore.
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Os destaque fica para os gringos da Chocolat, com um som bem viajante – lembrando de longe um Tame Impala, mas com momentos mais explosivos e instrumentais (o baterista simplesmente deve destruir centenas de peles de suas caixas a cada apresentação) e para os soteropolitanos da Maglore, sempre entregando um show convincente acompanhando pela voz dos fãs, no momento mais lotado do CCSP (viu lá no nosso instagram ? )
O SHOW DA CANADENSE ALLIE-X
No dia seguinte, na sexta-feira (09/12) fomos convidados para ver de perto a apresentação da canadense Allie-X, um dos nomes mais falados deste ano no evento. Este show rolou no Teatro Mars e foi exclusivamente dela, sem participação da curadoria da SIM. A cantora ficou conhecida mundialmente – e conquistou uma enorme base de fãs por aqui – quando lançou o seu primeiro single, intitulado “Catch”. A canção se posicionou no número 55 da lista canadense da Billboard HOT 100 e se tornou viral quando Katy Perry comentou em seu Twitter que estava “obcecada por ela”. O clipe conta hoje com mais de 600 mil visualizações, um bom número para quem se lançou somente ano passado. O seu último single, intitulado “All The Rage”, teve a participação de Violet Chachki, a drag queen vencedora da sétima temporada do reality show “RuPaul’s Drag Race”.
Sobre o show: a estrutura do local não favoreceu para uma performance decente em fatores técnicos, com um som abafado em boa parte do tempo e uma iluminação confusa. Apesar destes pontos, o pop indie da canadense – que lembra uma mistura de Lady Gaga com a Melanie Martinez – tem bons momentos, principalmente das canções mais conhecidas citadas aqui no texto. Falta aquela música que se destaque em meio tanta coisa parecida no mercado musical, neste pop bem saturado que estamos vivendo. Sua voz colabora potencialmente para caminhar sob diversos estilos e experimentações, tanto em estúdio quanto ao vivo. Não dá para saber quais rumos como artista a canadense terá nos próximos meses ou anos, mas é bom dar uma olhada neste nome caso a veja em futuros line-up de festivais por aí. Abaixo, confira um pouco de como foi:
Texto: Matheus Bonetti
Créditos nas fotos: Cerimônia de Abertura (Ana Carolina Moraes) / Showcases Diurnos (Pedro Marguerito)
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