Caros investidores,
As ações dos Pumpkins vem crescendo paulatinamente desde o disco Oceania em 2012. É notória a grave crise que a empresa passou nos anos 00s, tendo – o principal membro do conselho executivo – pirado o cacholão e investido seus esforços em outros ramos, como por exemplo, o telecatch (aquela luta forjada/teatral que os americanos adoram). A concordata era iminente, a desorganização financeira e troca constante de membros do conselho, pouca clareza no posicionamento de mercado e shows sonolentos a tornaram uma vaga lembrança que não servia nem de sombra para o império que já foi um dia. Os acionistas mais puritanos, em tempos recentes de crise – quando viam os seus ricos papéis dos anos 90 tornarem-se nada, cinza, fogueira, papel higiênico – bradavam a volta do antigo diretor de assuntos guitarristicos, James Lha, da diretora de grooves D’arcy Wretzky e o sub-diretor de ritmo Jimmy Chamberlin. Alguns especialistas de mercado acreditavam e ainda acreditam que não eram essas as peças essenciais ao Pumpkins e sim que, Corgan voltasse a se empenhar por aquilo que construiu antes de abrir o capital, no álbum Siamese Dream, até hoje um dos maiores IPO dos anos 90. Da startup arrojada e ágil no álbum Gish, até a grande empresa que se tornou em Siamese Dream, além de Corgan, apenas um nome é creditado como fundamental no salto espetacular e nos anos de ouro da companhia Pumpkins: Butch Vig. Enquanto Corgan, dono de inegável talento, vivia dias de um sonho juvenil e desorganizado, Vig foi o cientista que aparou as arestas e fez do produto da Pumpkins S/A uma campeã de vendas, referência no mercado, inspiração e inveja para os concorrentes. Dias de fartura. Os funcionários da firma nessa época tinham festas de final de ano regadas à champagne de maça verde, show do Bon Jovi cover e pirocóptero liberado a noite inteira. As vedetes mercenárias do comercial ganhavam bônus polpudos, como apartamentos em São Miguel do Oeste até noitadas pagas em prostíbulos de Tijuana. A empresa rapidamente cresceu, inchou e veio então Mellon Collie and the Infinite Sadness, nessa época a Pumpkins pouco lembrava aquela ágil startup de poucos funcionários do começo dos anos 90. Após abrir o capital, a pressão por resultados aumentou, a empresa então decidiu investir em um disco grandioso que no primeiro momento funcionou muito bem, manteve o elefante corporativo em movimento, mas a ressaca ainda viria.
No fim dos anos 90 a empresa começava a enxugar custos, responder trimestralmente para os acionistas estava pesado, nesse momento os principais executivos começaram a rachar com a empresa, mesmo com o corte vertiginoso de custos, Corgan conseguiu encontrar formas criativas de continuar relevante através do álbum Adore, em 1998.
E este foi o último suspiro de boa saúde dessas ações… até então.
Depois de 12 anos em crise, os papéis retomaram o rumo do crescimento em 2012, de forma segura e constante desde então, o elefantão diminuiu de tamanho, se reposicionou organicamente e o seu presidente parece empenhado em trazer resultados ainda melhores. A prospecção é de forte crescimento para os próximos meses, o resultado do último trimestre deste ano deve ser o melhor desde o ano 2000.
Pontos favoráveis para os próximos meses
– 3 ótimas músicas do próximo disco já foram lançadas, o material até o momento está quente
– Corgan parece que sossegou e sua parceria com Jeff Schroeder tem sido bastante sólida ao longo dos últimos anos
– O baterista do Rage Against the Machine e o baixista do The Killers foram recrutados para compor a banda na turnê até o fim deste ano
– Vem ao Brasil no fim de março
– Abandonou o telecatch
Pontos desfavoráveis
– Está escrevendo o roteiro de um musical em Chicago
– O resto do disco pode ser uma bomba
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“Tiberius” é a última entre as músicas liberadas do álbum, Monuments To An Elegy, que será lançado no próximo dia 9 de dezembro.
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