Com uma história de dez anos, o Superdrive é uma festa que acontece em todas as sexta-feiras no Órbita Bar e apresenta bandas tributos e autorais. A partir dessa iniciativa, André Cavalcante e Raphael Simons decidiram criar o Curto Circuito: um projeto no qual diversas bandas autorais “batalham” entre si até a final. Duas bandas se enfrentam em cada sexta feira, com uma delas avançando ainda mais na competição, pelos votos do público ao final das apresentações. Entre os prêmios da vencedora estão um contrato com uma gravadora, um videoclipe e alguns shows na casa noturna. Todas as bandas participantes ganham notoriedade na cena musical fortalezense, já que o Órbita Bar é o lugar que aumentou a popularidade de bandas conhecidas por toda a cidade, inclusive o sucesso nacional Selvagens à Procura de Lei.
Em entrevista ao 505 Indie, os produtores André e Raphael falam de suas ambições com o projeto, a forma que ele vem se desenvolvendo e como isso contribui para ampliar a musicalidade da cidade.
505 Indie: Por que criar o Curto Circuito só agora, sendo que o Superdrive já existe há dez anos?
André Cavalcante: Isso parte da necessidade de tentar se livrar dos tributos, algo que tá amarrado ao Superdrive e as pessoas ainda se ligam muito nisso. É uma forma de, gradativamente, as noites de sexta-feira ficarem 100% autorais.
505 Indie: Vocês acham que a cena de Fortaleza é limitada, pelo fato de que as pessoas não buscam tanto bandas originais, e sim covers?
André Cavalcante: É muito volátil. Eu posso te dizer que só hoje, aqui nas redondezas, vários eventos autorais estarão acontecendo. Além de shows, mostras de filmes e exposições de arte, além de feirinhas gastronômicas e de produtos artesanais. A cena cultural de Fortaleza é muito efervescente, de um jeito que é difícil de encontrar pelo país. Eu acho que o que falta é a galera que quer trabalhar com isso – o que eu procuro é que bandas se lancem.
505 Indie: Como foi o processo seletivo do Curto Circuito?
Raphael Simons: O projeto teve um planejamento muito grande. Nós pré-selecionamos vinte bandas e foi um sucesso muito grande. Nós vimos todas as bandas se apresentarem e foi difícil selecionar as oito bandas que entrariam de fato no concurso, o que nos deixou muito felizes, porque o nível de musicalidade de cada uma foi muito alto. Foram quase 150 bandas inscritas e muitas já tinham certo renome na cidade, mas nós decidimos escolher bandas que nunca tinham tocado no espaço, para aumentar a rotatividade.
André Cavalcante: No processo de afunilamento, a carga foi pessoal. Pra chegar nas 20 bandas e depois nas 8, eu comecei a raciocinar o que eu conseguiria construir pra essas bandas no dia da audição. Então eu comecei a perceber que eu precisava de uma motivação emocional. Eu já tinha um certo palpite de cinco bandas que entrariam entre as oito efetivamente, mas precisava vê-las ao vivo pra ter certeza. Quando eu e o Raphael fizemos uma lista de quem entraria no concurso, nós tivemos apenas uma banda diferente.
505 Indie: Qual é a premiação do concurso?
Raphael Simons: A premiação pro primeiro lugar é um videoclipe, a gravação de um cd, quatro shows no Órbita e a participação em uma websérie que se chama “Bem Por Aí”. O segundo lugar recebe a gravação de um EP, webclipe e dois shows no Órbita. Mas a verdadeira premiação é pegar essas duas bandas vencedoras e fazer elas acontecerem – como o Selvagens à Procura de Lei aconteceu, por exemplo.
Conheça as bandas participantes do Curto Circuito:
The Acez
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