Nesta quinta em São Paulo aconteceu a festa Puma Solcial Club e o 505indie foi conferir a balada. Os shows ficaram por conta dos Goianos da Banda UÓ e dos norte-americanos do Future Islands. E não poderia ser melhor, já que a festa contava com competições de sinuca, pebolim/totó, ping-pong, mini-boliche além de uma cabine de fotos disputadíssima.
Abrindo a festa com seu eletrobrega, a Banda Uó animou os presentes e tirou algumas risadas desse que vos escreve com a versão blasfemadora de ‘Something Good Can Work’ do Two Door Cinema Club. O quê? Ele não disse isso, sim ele disse, eu gostaria realmente de descer o pau aqui nessa onda parecida com o que o Bonde do Rolê fez com o funk carioca. Mas ambos são divertidos. Obviamente se trata de um grande sarro em cima do estilo, e sim é tosco, divertido, porém tosco, e é assim que deve ser encarado.
Algumas vodkas depois, afinal a festa era open bar – e vocês podem entender o porque de eu me divertir com eletrobrega – subiram ao palco o trio do Future Islands, e como apenas tinha ouvido algumas músicas deles, me surpreendi com o visual nada hipster, ou totalmente hipster deles, vocês decidem. Foram quatro tapas na cara que o vocalista Samuel T. Herring deu em si mesmo antes de entrar cantando na primeira música, os tapas e murros no peito se repetiram durante o show todo, e pareciam surtir efeito na platéia interessada no show, bem inferior às pessoas que presenciaram o technobrega, mas atentos e hipnotizados pela densidade de interpretação de Herring.
Herring e sua roupa ortodoxa, será?
As músicas do Future Islands apesar de terem um toque simplista deixam claro um tom de maturidade no som dos caras que tem claramente relação com bandas que tanto amamos do final dos anos 80. As linhas de sintetizadores programadas combinadas com linhas tocadas ao vivo criavam uma textura realmente interessante, mesmo que em alguns momentos você fosse levado a perceber a repetitividade das batidas.
A construção do repertório foi muito bem pensada e fez com que muitos dos que se deram o trabalho de apreciar o som da banda se empolgassem no desenrolar do show. O auge do show chegou no ponto em que o vocalista, usando de sua grande habilidade de performance em palco, girou o próprio retorno, abrindo mão de se ouvir para fazer com que os fãs da primeira fila pudessem se aproximar. Não demorou muito pra galera se empolgar com tal atitude que fez com que dois desses subissem ao palco pra curtir mais intensamente o show!
O ponto negativo fica pra galera desligada desse show denso e cheio de energia emanada exclusivamente por Herring. E, se me permitem uma opinião técnica, talvez as pessoas se desligaram devido a dificuldade em entender o vocal provavelmente causado por uma ausência de agudos na equalização do local, o que deixou o som embolado e às vezes um tanto incompreensível. No entanto Herring continuou levando com energia a apresentação até o final. Foi um bom show, valeu a festa, mas esses problemas dificultaram a compreensão e afastaram o público.
Mais fotos do show aqui: http://brasil.puma.com/albums/fotos-da-festa-puma-social-4
Em colaboração com Rafael Gomes.
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