Volto novamente a bater nessa tecla, deve ser ressaca de 2013. Nestes tempos que tudo soa festivo e descartável demais, puxando para o desbunde indie carnavalesco de eletrônica, R&B, rock e afins ou para as produções pobres lo-fi psicodélicas, descarrego de efeito e distorção para mascarar a falta de talento e grana, quando não são as sonolentas produções dream pop etéreas. Nesses tempos de “rock europeu, meu saco já encheu”, apenas o clássico, o topo da cadeia alimentar musical, as colheres de sal e açucar na medida certa, funcionam.
Bruce Springsteen sempre funciona. Esse é o décimo-oitavo álbum da carreira de Bruce e reúne exclusivamente covers, reinvenções de canções conhecidas e gravações anteriores que foram cortadas de seus álbuns originais, formato até então inédito na discografia do The Boss. Existe alguma vantagem nesse tipo de lançamento. Por exemplo, podemos ouvir os finados Clarence Clemons e Danny Federici em duas faixas. Outro destaque, é a participação de Tom Morello, em oito das doze faixas do álbum.
O disco foi liberado em stream mundialmente, por aqui, exclusivamente no site da Sony Music Brasil, depois de ter vazado acidentalmente no Amazon Mobile. Oficialmente, High Hopes chega às lojas no dia 14 de janeiro.
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