A noite começou com a dupla porto alegrense Fire Department Club. Os caras fazem um indie pop bem bacana, músicas melódicas e bonitinhas pra dançar. Mas não foi o suficiente pra empolgar quem esperava por The Kooks ou ainda pelo Kasabian. O público aplaudiu respeitosamente e sem ultrapassar os 30 minutos planejados, a dupla se despede, agradece e deixa o palco.
Meia hora também foi o tempo de espera para o The Kooks. Sem grandes hits no início do show, o mais animado era, sem dúvida, o vocalista Luke que chamou a galera, pulou, dançou e soltou gritinhos durante o show todo. Mãos pra cima e pulos em músicas como “She Moves in Her Own Way” e “Always Where I Need to Be“, mesmo assim nada muito fervoroso. A simpatia da banda no palco foi muito boa, Luke arriscou palavras em português e até parabenizou a cidade que os recebia pelo aniversário. As reboladas no palco foram de ponta a ponta no show que durou 1 hora, se encerrando com pontualidade britânica e um “até breve” carinhoso por parte da banda.
Trocando uma ideia com quem tava ao redor, perguntei quem estava pelo The Kooks e o Kasabian. Deu 80% pro The Kooks,me fazendo imaginar que assim que o show acabasse, boa parte do público iria embora. Errei, e o espaço começou a apertar quase que em combinação com a troca de background no fundo do palco. Quanto mais saía as bolinhas azuis do The Kooks e mais aparecia o 48:13 rosa do Kasabian. A galera colava mais na grade e ali tudo indicava que seria um show diferente, o que foi confirmado quando entra um barbudo, cabeludo de camiseta branca pulando no palco, Serge Pizzorno.
Luzes apagadas, começa “Shiva” nas caixas de som e antes que a galera terminasse de gritar, eles estavam no palco pra abrir o show com “Bumblebee“. Quem tentou gravar ou fotografar alguma coisa nesse início de show certamente não teve muito sucesso. Injeção de ânimo em todos que só tinham visto pop music até o momento. O clima seguiu em “Underdog” e “Days are Forgotten“. A rápida troca de instrumentos não dava tempo pra pensar no que vinha na sequência. Quando o guitarrista Serge Pizzorno ficou centralizado no palco pulando com os braços pra baixo, foi o início de “Eez-eh“. Um show a parte. A irreverência de Serge, que vestia uma camiseta branca escrito “Sócrates” com a marra do vocalista Tom eram um toque especial. Até arriscando alguns “obregado”.
O cansaço de pular todas as músicas ainda não era suficientre pra desanimar algum momento. O momento do descanso foi com “Goodbye Kiss” no violão. Respiro pra ter “Fire” como grand finale. Mas isso teria acontecido se depois de se despedirem e serem muito aplaudidos, a banda não tivesse voltado pra fazer um bis de mais 4 músicas, fechando em definitivo a noite com “L.S.F“.
Show de luzes, presença de palco incrivel, ótima interação com o público e nada a reclamar. Nem da organização que cuidou bem dos acessos.
Kasabian correspondeu à expectativa e que venham de novo!
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