A banda californiana formada em 2009 e que emplacou um dos maiores hits do verão americano com “Pumped Up Kicks” sem nem ter lançado um CD, faz seu debut com o disco Torches, que saiu pela Columbia Records e que conta com a produção de Paul Epwoth (do Bloc Party). Então se esqueça por enquanto dos 4 acordes e melodia assobiável da melhor canção do disco e vamos falar das demais faixas do trio fundado por Mark Foster (Vocal, teclado, guitarra, etc) e que conta com Mark Pontius (bateria) e Cubbie Fink (baixo e vocals) na formação oficial. (No Palco a banda tem a participação de mais dois músicos, Sean Cimino e Isom Innis).
Abrindo o disco já nos deparamos com a poderosa “Helena Beat” com vocais afinados que nos remetem a bandas como Passion Pit, MGMT e até Jamiroquai. A melodia recheada de sintetizadores dá um tom alegre e dançante à letra que não é tão leve assim, o que se mostra uma característica do álbum.
Outro destaque é “Call It what you want”, Mark Foster canta contra a rotulagem do som da banda: “You say, “now what’s your style and who do you listen to?” who cares?” sempre com ritmo de verão e com pitadas de violência “I’ve got a knife behind my back (just sayin’)”, assim como acontece em “ Pumped up Kicks”. A velocidade dos teclados anos 90 e dos sintetizadores diminui com “I Would Do Anything For You” que fala de amor e é uma música pra ser cantarolada em um passeio no parque de mãos dadas com o amor da sua vida. Depois dessa fofura volta o beat forte de “Houdini” (que foi lado B do EP de Pumped Up Kicks) que se destaca assim como Color on The Walls (Don’t Stop) que também tem potencial para trilha sonora do verão, refrão marcante e levada de guitarra que fazem você querer pular com uma lata de cerveja na mão.
Mas se você acha que já ouviu tudo o que o Torches tinha pra oferecer, espere um pouco pra ouvir “Broken Jaw”. A música, que era uma das favoritas dos fãs em seus shows, acabou ficando de fora do disco, mas felizmente acabou de sair como uma faixa bônus do iTunes. A música é menos comercial, tem um começo típico da banda, cheio de sintetizadores e guitarras, possui um refrão não tão marcante, porém compensa com seu final em que a música chega a parecer outra, incrementado ainda mais o repertório da banda.
O disco é dançante, os arranjos de teclado, piano, sintetizadores e samplers dão o tom, e você canta junto as melodias, mas não escuta as letras de verdade, por que às vezes elas ficam em segundo plano na voz de Mark Foster que nem sempre se impõe como lead singer. Claro que isso não prejudica o resultado final do disco, que é muito bom e promissor! Vamos ver como eles se saem no segundo disco e se firmam como uma das principais bandas indies, por que a principal revelação do Indie, eles já são.
Mais você pode encontrar no You! Me! Dancing!
* Colaboração do Foca
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