Nos últimos dias 23 e 24 de junho, no Centro Cultural Rio Verde em São Paulo, a banda Cachorro Grande gravou seu primeiro álbum ao vivo.
Completando 18 anos de carreira, a banda reuniu os fãs no espaço intimista do centro para um show muito especial, cheio de vontade e rock’n’roll.
No palco, o grupo apresentou seus maiores sucessos da carreira, priorizando no repertório os primeiros discos, com sua já habitual energia e uma performance inspirada, e ainda contou com a participação especial de Samuel Rosa, do Skank, que cantou junto com a banda as músicas “Sinceramente” e “Você me faz continuar“, além de um cover de “Helter Skelter” dos The Beatles.
Antes do show do dia 23, entrevistamos o vocalista Beto Bruno sobre a celebração destes 18 anos de carreira e a gravação ao vivo, em uma conversa descontraída no camarim.
O 505 Indie prepara um perfil sobre uma das bandas gaúchas mais relevantes no cenário nacional, em duas partes. Nesta entrevista focamos no presente e no futuro breve.
A segunda entrevista, possivelmente no show de Chapecó, pretende resgatar a história da banda e contar mais sobre estes 18 anos de carreira.
505Indie: Como é esse momento antes do show, da gravação ao vivo e essa comemoração dos 18 anos de carreira?
Beto: Um pouco nervoso, cara. Tem todo esse clima de celebração, por ser o primeiro disco ao vivo, tem toda essa história rolando, mas dá um nervosismo que parece que a gente tá no primeiro disco.
505Indie: Primeiro show?
Beto: É velho… parece quando entramos no estúdio da primeira vez para gravar o primeiro disco, a gente tava muito nervoso. E hoje estamos gravando disco ao vivo pela primeira vez. Por mais que passaram anos e anos, ainda temos coisas acontecendo.
505Indie: Esse frio na barriga, nervosismo.
Beto: O dia que passar o nervosismo vou ter que mudar de emprego. (risos).
505Indie: Espero que não passe nunca.
Beto: Tomara cara, preciso pagar as contas.
505indie: E o que que mudou nesses 18 anos de carreira, a gente viu nos últimos anos a banda procurando novos rumos, apostando um pouco mais na eletrônica, ou na psicodelia, o que você vê de mudança nesse período, maturidade e tudo mais?
Beto: De disco a disco tem uma. Não vou dizer maturidade porque o próximo passo de ficar maduro é cair podre. (Risos)
505 Indie: É mais evoluir, eu diria.
Beto: Vou dizer que aprendemos nesse tempo a gravar um pouco melhor e a montar um repertório de show, muita coisa. A única coisa que não muda é o amor pelo o que a gente tá fazendo, que é o que nos move ainda. Estamos aqui ainda porque nenhum de nós estaria fazendo outra coisa. Tudo que rola para nós, abocanhamos com garras e todos os dentes, porque temos que agarrar qualquer coisa, é isso que a gente faz, é disto que a gente gosta.
505Indie: É o amor pela música?
Beto: Justamente, isso nunca vai faltar.
505Indie: Como foi a escolha do repertório, foi briga de cachorro grande para escolher os sucessos?
(Risos)
Beto: Tu sabe né.
505Indie: A história do nome da banda.
Beto: Falar com quem sabe, sabe. O repertório se fez sozinho, não teve muita discussão. São 18 anos né e não só a seleção mas a ordem se fez sozinha, meio que pintou na nossa frente e é isso. Sempre antes de fazer o repertório para entrar no estúdio é uma briga velho. E aqui a coisa foi mais natural, quando vimos já tava tudo na ordem, ensaiando na ordem.
505Indie: O que vai ter de surpresa no show? A gente sabe que vai ter o Samuel Rosa. Como surgiu essa participação?
Beto: Todo mundo acha que ele vai cantar só uma música, mas ele vai cantar duas músicas conosco.
505Indie: Que legal!
Beto: É. Tô falando isso, porque são vocês. E o Samuel Rosa tá conosco não é só por a gente admirar ele como artista, a carreira dele, para nós ele é o mestre em todos os sentidos. Mas não é só por isso. Ele tá aqui porque esse tempo todo, ele tá conosco e acompanhou desde o início, se tornou um grande amigo. Ele e a galera do Skank sempre foram muito próximos. Nossa banda é irmãzinha. A gente não poderia fazer uma celebração dessa e não chamar ele.
505Indie: Vocês começaram independente, lançaram disco na revista OutraCoisa do Lobão, isso 18 anos atrás e hoje estão gravando e lançando disco ao vivo. Como você vê essa diferença no público, hoje tá mais “mainstream”?
Beto: Não, não… continuamos correndo atrás, não mudou muita coisa. Todo fim de semana estamos na estrada, se a gente deixar de tocar um fim de semana, igual muita gente que tá aí. E lançamos disco a cada um ano e meio, dois anos no máximo para continuar na mídia e o pessoal não esquecer da gente. Estamos gravando o disco ao vivo hoje, com lançamento marcado para perto do final do ano. E já estamos pensando num documentário dos 20 anos de carreira. Estamos sempre compondo na estrada, quando tá em estúdio. Trabalhamos pra caramba.
505Indie: Legal, Beto. Muito obrigado pelo bate-papo. Ótimo show e sucesso.
Beto: Obrigado a vocês, foi muito bom o papo, conversamos só sobre música.
O álbum será lançado próximo ao final do ano, como o Beto adiantou na entrevista. Não deixe de ver as fotos exclusivas na nossa galeria.
Para quem quiser conferir o show ao vivo, a agenda de shows está logo abaixo e mais informações no site oficial da banda.
07 de Julho – Goiania/GO
08 de Julho – Brasilia/DF
14 de Julho – Chapecó/SC.
15 de Julho – Maravilha/SC
04 de Agosto – Dourado/MS
05 de Agosto – Campo Grande/MS
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1 Comment
Muito legal!
Banda com um ótimo repertório e uma equipe show
Belo post…