A emoção e sinergia tomou conta do Bar Opinião na última quinta-feira em Porto Alegre.
Em turnê pela América do Sul, apresentando seu novo álbum Ape In Pink Marble, e pela segunda vez na capital gaúcha, o músico americano Devendra Banhart encantou a chuvosa noite no sul do Brasil, sua última parada antes de partir para terras hermanas depois de já ter feito outros 6 shows em território nacional.
Devendra Obi Banhart, tem nome de jedi e de deus hindu. Ídolo do indie-folk, o americano com sangue latino traz na sua paixão pelo Brasil a mistura perfeita para a máxima troca de energias e sentimentos com o público.
A noite iniciou com “Rogov”, projeto paralelo de Gregory Rogove, baterista do próprio Devendra, que apresentou algumas músicas ao lado do também companheiro de banda Todd Dahlhoff, que desde sua primeira vinda ao Brasil junto com Devendra é carinhosamente chamado de Toddynho.
Não demorou muito para que Luckey Remington e Tim Presley se juntassem a Greg e Todd e formassem assim a banda que se completaria com a entrada de Devendra.
Com um setlist bem variado e tímidas dancinhas, Devendra esbanjou alegria ao apresentar suas novas composições sem esquecer os hits como “Baby”, “Mi Negrita” e “Quédate Luna”.
O diálogo e a troca com o público é um ponto essencial no show de Banhart, e que ficou ainda mais evidente quando ele próprio questionou ao público se ali existia alguém com uma música autoral jamais tocada antes para apresentar pela primeira vez a todas aquelas pessoas que estavam ali por ele.
Duas meninas foram escolhidas, e mesmo nesse momento em que nenhum dos integrantes da banda estavam no palco o público reagiu de forma magnífica aplaudindo a breve apresentação da dupla ainda bem envergonhada.
Como um show de 1 noite não seria capaz de contemplar os pedidos e desejos de 10 álbuns de carreira, a solução encontrada foi um compilado de pequenos trechos das músicas mais pedidas. “Brindo”, “Angelika” apareceram timidamente nos acordes do músico que por hora se encontrava sozinho no palco, mas muito bem acompanhado por um coro com as letras decoradas.
Devendra brinca com o português, fala em espanhol, canta em inglês, invoca Beatles com “My sweet Lord” do George Harrison, Depeche Mode com “Just Can’t get enough” e Caetano com “You Don’t know me” (O qual ele é fã confesso) todas em pequenos trechos. Mas o melhor ele guardaria para o final, Devendra trouxe o seu cover de “Sound And Vision” do Bowie com trechos adaptados ao espanhol e que seria sucedido apenas por “Carmensita”, a última antes de uma longa despedida carregada de agradecimentos.
Como uma pessoa muito espiritualizada, Devendra canaliza toda a fonte de energia e presença de palco em uma troca recíproca de sentimentos e envolvimento com o público, transformando a atmosfera de forma singular. A calmaria e compaixão quase cristã do músico é seguida também por seus companheiros de banda.
Devendra voltou apenas para autógrafos, beijos, abraços e fotos com os fãs que aguardaram a saída do músico que diante de tantos pedidos atendeu como pôde todos com a sinceridade de um velho amigo.
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