Tudo que vai volta, né? Pelo menos é o que tenta nos dizer a maré quando baixa e sobe toda vez na beira da praia. A lição que fica é que o Wavves nunca tinha vindo, mas vai voltar, pode ter certeza. Ainda mais se isso depender de Nathan Willians, frontman do navio pirata que desembarcou em São Paulo na noite de ontem.
Começamos a noite com BRVNKS, a liderada pela jovem goiana, Bruna, subiu ao palco com alguns minutos de atraso. 30 pra ser exato. Mas a galera não desanimou. O desdobramento das músicas do seu último EP, Lanches; e algumas novas músicas de trabalho que estarão no próximo disco, foram além do máximo que consegue-se perceber em estúdio. A atitude da banda, a boa imposição com a delicadeza na voz trazem uma mistura pra lá de interessante.
O lo-fi toma corpo ao vivo e o caldo engrossa mesmo. Todo esse conjunto por ironia do destino – ou não – lembra bastante Best Coast (banda da Bethany Cosentino, ex-namorada de Nathan), que acaba por fazer mais sentido quando a própria Bruna admite ser fã de Wavves e ter essa como banda preferida. Em pouco menos de 1 hora de show foi possível sentir ver que tínhamos no palco uma sanguínea banda da cena independente que compartilhava essa pulsante sintonia com o público que acompanhou com prazer a empolgação do início ao fim, e a jovem banda saiu sobrando na missão de esquentar a galera para os californianos do Wavves.
Mergulhar de cabeça. É esse o recado. Ou pelo menos foi assim que todos que estavam ali entenderam. Essa altura da noite, o público já estava consideravelmente maior, e com o calor absurdo que faria lá dentro, água era essencial.
Pela primeira vez na América do Sul, Nathan e seus companheiros expressaram o quanto admiraram essa passagem por aqui e também o desejo de ficar. Foi assim que o próprio Nathan, em tom de brincadeira, se ofereceu em casamento para quem estivesse disponível.
Bastou meio acorde para que a catarse começasse. Nao foi possível contar algo mais que 30s de calmaria seja vindo do palco ou da plateia. Os hits em sequência fizeram com que aquele mar de gente, literalmente surfassem uns por cima dos outros, a.k.a crowd surfing, prática que ao longo do show teve que ser levemente contida por bombeiros e organizadores para que nada saísse do controle.
As rodas punks arrancavam risos frouxos dos Wavves. Eles faziam parte daquilo. Nas pequenas pausas, Nathan interagiu e demonstrou toda sua simpatia que arrancou os mais variados elogios [conteúdo removido por classificação etária] de quem o assistia.
King of the beach e dono do campinho, Nathan ouviu a orla e encerrou a apresentação com o seu clássico crowd surfing nos braços da galera.
Suor, água, suor, roxos pelo corpo e o saldo positivo de quem entrou na onda do indie rock paulera.
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