O frontman do Super Furry Animals, Gruff Rhys, anunciou no fim do janeiro o lançamento de um projeto multimídia que prevê livro, álbum, filme e aplicativo, todos intitulados American Interior, a proposta de fundir estas plataformas é a de “criar uma experiência multi-sensorial para contar a incrível história real de John Evans.”
John Evans era um lavrador galês com algum grau de parentesco com Gruff Rhys. A história diz que em 1792, Evans teria se recrutado para ser o ajudante de um explorador galês, com a missão de explorar os EUA e desvendar a veracidade da lenda da época, sobre a existência de uma tribo de índios americanos, descendentes de galeses, que possuíam traços da língua galesa em seu dialeto nativo.
Essa tribo teria vindo para os EUA, através do príncipe galês Madoc, onde, segundo a lenda, descobriu a América em 1170, mais de trezentos anos antes da viagem de Cristóvão Colombo, em 1492. Madoc já foi alvo de muita especulação histórica, mas a maioria dos estudiosos duvidam que ele tenha feito uma viagem à América do Norte, e alguns duvidam inclusive da existência deste príncipe.
A saga de Evans através dos EUA envolve prisão, malária, lutas com jacarés no Mississippi, caça de bisontes, deserção para a porção espanhola do que hoje f parte dos EUA, até o momento em que foi contratado pelas autoridades espanholas para liderar uma expedição para mapear a extensão do Rio Missouri, ao norte. Em 1796, ele encontrou os nativos Mandan, relatos sugeriam que nesta tribo estaria o povo de descendência galesa, alguns atributos físicos típicos de povos europeus foram encontrados entre os nativos, como características caucasoides e olhos azuis, além disso, existiam também evidências materiais, entre elas, a inegável semelhança da canoa galesa com a mandan.
Evans passou o inverno com este povo, ao longo da bacia do Missouri, antes de voltar à St. Louis, em 1797. No entanto, ele não encontrou nenhum vestígio de palavras em galês no dialeto dos nativos. Ao todo, Evans viajou 2900 Km acima do Missouri, desde sua confluência com o Mississippi e o mapa dessa expedição seria uma grande referência para Lewis e Clark, ou a primeira expedição que cortou os EUA de leste à oeste.
Voltando aos tempos modernos, da Patagônia à Dakota do Norte, Gruff Rhys encontra motivações (e ancestrais) para novas criações.
Dessa vez sem a participação de Tony da Gatorra, o disco deve ser lançado no dia 05 de maio, via Turnstile.
No entanto, o álbum foi disponibilizado, em stream, uma semana antes de seu lançamento oficial, logo abaixo.
Agora é aguardar o filme (para quem estiver em SP, rola na programação do In-Edit), app e etc, pra descobrir a extensão das descobertas de Rhys.
You might also like
More from Albums
Dingo Bells encara a mudança e o pop em seu novo disco “Todo Mundo Vai Mudar”
A banda Dingo Bells lança hoje, 11 de abril, o álbum Todo Mundo Vai Mudar que traz dez faixas compostas …
O Que há de novo? Singles da Quinzena #4
Depois de um intervalo maior ,voltamos com os nossos Singles da quinzena, trazendo os últimos lançamentos para vocês. Sem maior …
Cachorro Grande lança versão ao vivo e videoclipe de “Sinceramente”, com participação de Samuel Rosa
A banda Cachorro Grande, uma das mais icônicas do rock nacional, na estrada há 18 anos, anuncia o lançamento da …