Pra começar, acho que só um parágrafo pro Vaccines é suficiente. Eles chegaram, tocaram meia-hora num piloto automático entediante, e mostraram que falta sangue pra virarem uma banda de peso. Convenhamos, o álbum deles é bom, mas sem show a situação complica.
Mas bora falar de coisa boa. Se você ouve os quatro discos do Arctic Monkeys na sequência fica claro que a idade foi amolecendo os rapazes e as músicas acalmando. Minha dúvida ao chegar no show era até que ponto a banda ainda tinha gás pra colocar a casa abaixo como faziam nos velhos tempos de Fake Tales of San Francisco.
E abrindo com quatro músicas em ritmo turbo (três dos dois primeiros albums) em alto e bom som me avisaram: “Oh you know nothing!”. Sem ar, mais apertado que em final de brasileiro cambaleei, pedi um canto pra sentar and guess what? They moved my chair. Não tinha pra onde fugir, o chão pulava junto e a plateia waved their arms como pretty visitors. A casa era dos macacos e não sobraria brick by brick pra contar história.
Com os óculos embaçado, tênis triturado e pingando suor dos outros, joguei meu último ar no que pra mim seria a última música da primeira parte. ‘I Bet You Look Goog On The Dancefloor’ entrou, destruiu tudo o que sobrava de mim e, para o meu desespero, o show prosseguiu. Recuei por 30 segundos voltando pro tumulto logo em seguida, the sun was going down e seria um desperdício assistir de braços cruzados.
Pausa rápida, voltaram pro bis, tocaram ‘Suck It and See’ e ‘Fluorescent Adolescent’, daí pararam, esperaram um segundo e fecharam devagar, with a 45-minute drive, going back to 505.
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