A constante luta de direitos igualitários nos trouxe até a atual ocupação feminina na música. Há alguns anos as mulheres começaram a alcançar um patamar digno em número no rock, apesar da indústria ainda vender as artistas explorando a questão sexual – você verá isto acontecer nesta lista, inclusive – e olha que o indie é teoricamente um dos lugares onde isso acontece em menor grau, mas ainda acontece.
Esta é a segunda lista que fazemos este ano, destacando alguns atos femininos no rock, gênero machista em sua natureza, aquele papo de rock de bolas, com culhões, preguiça desta conversa fiada. O ano nem chegou em sua metade e pelo menos uns 10 nomes já brigam entre os melhores do ano, a prova definitiva que atitude e boa música não estão ligadas ao genital masculino.
SLEATER-KINNEY – NO CITIES TO LOVE
Após 8 anos de hiato, uma das primeiras surpresas do ano, No Cities to Love se torno instantaneamente um álbum que figura entre os melhores. O motivo? Dê o play desde o começo do álbum, veja como ele facilmente passa pelos seus ouvidos, te levando por cada música e quando você menos espera, tudo já acabou. Sem falar que o trio de minas, produz um som extremamente afiado e cortante, dá pra sentir a raiva e sinceridade em cada grito.
Destaque para: Price Tag; Surface Envy; No Cities to Love; A New Wave; Gimme Love e Bury Our Friends.
DU BLONDE – WELCOME BACK TO MILK
Se você procura um clássico exemplo de “Vou escutar só pela capa…”, você acha neste disco. Basta olhar a capa surreal que você fica hipnotizado para escutar, e revertendo a lógica do “Não compre livro pela capa”, a imagem principal é tão boa quanto a sonoridade. Confesso que nunca tinha ouvido falar da Beth Jeans Houghton, mas ao dar o play, seu alter-ego Du Blonde solta uma crueza e urgência que até lembram a banda que apresentei acima. Ou poderia muito bem se camuflar na discografia do Stooges, por exemplo.
Destaque para: Black Flag; If You’re Legal; Hard to Please; Mr. Hyde e Mind is on my Mind.
SUMMER CANNIBALS – SHOW US YOUR MIND
Portland dispensa apresentação. Patti Smith, também. Agora imagine nomear sua banda com uma música da Patti Smith, bem em Portland e ainda ter a frente da banda dominada por mulheres. A fórmula não tem como dar errado. Summer Cannibals é essa voracidade como seu nome e origem. Um indie que puxa mais para, quem sabe, um Speedy Ortiz, a banda é bem straight-down e não fica dando voltas no som, é direto ao ponto, cru e com muito sangue.
Destaque para: Something New; Show Us Your Mind; Summer e TV.
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