Recebemos há alguns dias um release de um artista chamado Dom de Oliveira. Mais poeta que músico, mais músico que viajante, mais viajante que andante. Para fazer poesia é preciso percepção. É necessário estar ali, dia-a-dia, na estrada colhendo nuances. Mas além da poesia, Dom de Oliveira, faz a alma. Faz a estrada, desenha projetos, canta andanças. Mesmo que isso não seja observado nem escutado por alguém. É de coragem esta empreitada.
Do Vale do ParaÃba (da cidade de São José dos Campos, é o que descobri pelo livro Luz do Baço) lançou este livro de uma compilação de poesias em 2012. Fez um vÃdeo, praticamente todo experimental como música tema “A impura métrica da lágrima”, de uma belÃssima letra.
O mais interessante de todos os projetos, seja na poesia, fotografia, intervenções, viagens, é que todos estes se confluem para um desaguar: a música.
Munido de uma boa ideia (ou talvez, falta de incentivo financeiro) gravou dois discos este ano no próprio banheiro. O primeiro Dom e o segundo respiro, respiro, lembro o futuro e o ar é que respira meus pulmões. E quando um projeto tem a intenção de não ter projeção comercial, ou seja, quando este tem o objetivo de ser apenas uma divulgação da arte, para quem gosta da arte, é de se dar um valor maior. A prova disto é o ótimo trabalho visual que há em si, o site. (http://www.domdeoliveira.com)
Não há como negar que a musicalidade presente em seus discos é mais que as andanças presentes na vida deste artista, ela é oferecida a aqueles que buscam a música para ser usada na vida. Poesia para os olhos, versos para os ouvidos.
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2 Comments
Esse aí é fera!
O Dom é tudo isso mesmo, e um pouco mais.
Parabéns, Dom!