Em fevereiro, Beyoncé lançou o videoclipe de “Formation”, que mostra diversas imagens de empoderamento negro. Em uma das partes do videoclipe, Bey aparece cantando sentada em cima de uma viatura policial que está afundando e a frase “Stop Shooting Us” (Parem de atirar em nós) também se faz presente. Isso já bastou para elevar os ânimos de alguns extremistas nos EUA, e a situação se tornou ainda mais espinhosa após a apresentação de Bey no Super Bowl, já que a artista estava vestida com um uniforme militar preto, acompanhada de outras dançarinas negras vestidas da mesma forma. Policiais de todo o país se doeram e clamaram por protestos, que fracassaram (apenas três pessoas apareceram no protesto contra a performance de Bey no intervalo do Super Bowl).
Em entrevista à Elle, Beyoncé falou pela primeira vez sobre o videoclipe e a performance. “Eu sou uma artista e acho que a arte mais poderosa é incompreendida. Mas qualquer um que ache que minha mensagem é anti-policial está completamente enganado. Eu tenho muita admiração e respeito pelos oficiais e pelas famílias dos oficiais que se sacrificam para nos manter seguros. Mas vamos ser claros: Eu sou contra a brutalidade policial e injustiça. Essas são duas coisas diferentes.” Ela continuou: “Se celebrar minhas origens e cultura durante o mês da História Negra deixou alguém desconfortável, esses sentimentos estavam aí muito antes do vídeo e de mim. Eu estou orgulhosa do que criamos e orgulhosa de fazer parte de uma conversa que está conduzindo as coisas para um caminho positivo.”
Em outras partes da entrevista, ela falou sobre abraçar sua posição como um ícone feminista moderno: “Trabalhar para fazer as desigualdades sumirem me faz ser feminista, mas mais importante, me faz humanitária. Eu não gosto de rótulos. Eu não quero me chamar de feminista para que isso pareça ser minha prioridade, acima do racismo, sexismo ou qualquer outra coisa. Eu estou exausta de rótulos e cansada de ser estereotipada. Se você acredita em direitos iguais, do mesmo jeito que a sociedade permite que o homem expresse sua escuridão, sua dor, sua sexualidade, sua opinião – eu sinto que as mulheres têm o mesmo direito.”
Relembre o videoclipe e apresentação de “Formation” no Super Bowl:
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