O álbum já se encontra nos bordéis da internet desde janeiro deste ano, mas agora é possível ouvi-lo também em streaming mundial, viabilizado via NPR. O lançamento oficial acontece na próxima semana, através da Capitol Records/Universal Music.
Desde o anuncio do disco, os comunicados de imprensa avisam que Morning Phase, tem a característica de ser uma “peça que acompanha” Sea Change, álbum de 2002 e o melhor no conjunto dentro da discografia do músico norte americano.“(Morning Phase) Remonta as harmonias deslumbrantes, composições e impacto emocional impressionante desse disco, enquanto ruma para a frente com otimismo contagiante.” Outro ponto propositalmente em comum é a presença dos mesmos músicos de Sea Change. Beck sempre teve esse direcionamento de apontar um rumo para o disco, como por exemplo a orientação sessentista de Modern Guilt, o álbum vigente, até então, que data de 2008, ou The Information, o anterior de 2006, com orientação do hip hop.
Beck carrega uma discografia que nunca seguiu uma linha. Aliás, esse é um ponto forte no artista, essa mania de inventar e reinventar sua música, até mesmo flertando com a música brasileira. E isso só pode resultar em uma carreira de altos e baixos. Não que isso seja desmerecedor, pelo contrário, sempre chego à conclusão de que mais vale a experimentação à monotonia.
Em Moning Phase, Beck usa um álbum anterior como ponto de partida, apesar da orientação calma e melancólica, o novo trabalho aponta para novas dinâmicas, uma maturidade no desenvolvimento das estruturas de verso e refrão, arranjos mais certeiros em criar a experiência de imersão. Existe um sentido de grandiosidade em meio a calmaria de uma forma mais categórica do que o ocorrido em Sea Change. Neste sentido o novo trabalho deve ser entendido como uma clara evolução e não meramente uma continuação. Dentro da carreira de um músico essencialmente inquieto e de musicalidade tão heterogênea, é natural que estes saltos aconteçam, quando na maioria dos artistas essa diferença entre os discos é apenas uma evolução natural da discografia.
Ainda pendente de uma análise mais profunda e compromissada, mas de cara já é possível dizer que este é no minimo o segundo melhor disco da carreira de Beck. Um álbum para aquecer o coração e sentir o amor emergindo em canções. Talvez nesse tipo de trabalho, mais folk e manso, é que o músico consiga expressar com maior potência a sua habilidade como compositor.
Depois de fazer o show mais divertido Planeta Terra 2013, seria interessante o músico aparecer novamente no Brasil para nos brindar com a turnê deste álbum. Se tem uma coisa que não falta em Beck, esta definitivamente é, versatilidade.
You might also like
More from Notícias
Confira os horários e palcos do Lollapalooza Brasil 2020!
Saaaaiuuu os horários e os palcos das atrações do Lollapalooza Brasil 2020 que acontece entre os dias 03 a 05 de …
Lollapalooza Brasil 2020: Ingressos no penúltimo lote, o novo #LollaDouble e as atrações das Lolla Parties
A semana do carnaval está logo aí mas o 505 te lembra que faltam pouco mais de 40 dias para …
Os melhores discos brasileiros de 2019
Simples e direto. Neste ano, estes foram os melhores discos de 2019 para o 505 Indie. 1 Emicida - AmarElo 2 Jaloo …