Toys In the Attic – Aerosmith
Com um total de 8 milhões de cópias do LP vendidas nos Estados Unidos, o terceiro álbum do Aerosmith consolidou a banda como um dos grandes nomes do Hard Rock. Os críticos da época classificavam o som da banda como uma mistura de Rolling Stones com Led Zeppelin, acompanhada de letras sobre sexo. É fato que a temática sexual prevalece nas letras de Steven Tyler, mas foi nesse disco que ele alcançou a mistura certa de delicadeza e desleixo que marcam os sucessos do grupo, como na promíscua “Sweet Emotion“. Joe Perry também se destaca nesse disco, amadurecendo sua técnica e criando riffs que se tornaram históricos como em “Walk This Way“. O resto da banda acompanha bem a evolução dos lideres e isso colabora para a qualidade de um dos melhores trabalhos da grupo. Além das faixas já citadas, destaco ainda “Toys In The Attic” e “Big Ten Inch Record“, um cover de R&B de Bull Moose Jackson (1952).
[divider]
Captain Fantastic And The Brown Dirt Cowboy – Elton John
O nono álbum de Sir Elton John foi o primeiro disco da história à estrear e ir direto para o topo da Billboard, onde ficou por mais 7 semanas. O disco é uma obra conceitual e biografica composta por Elton John e seu fiel colaborador e poeta, Bernie Taupin, onde Elton é o Captain Fantastic e Bernie o Brown Dirt Cowboy, passando pelos perrengues do inicio da carreira musical deles em Londres. John já disse que o disco é provavelmente seu melhor trabalho, pois foi composto sem nenhuma preocupação comercial. Segundo ele é uma história real sobre o risco e como lidar com fracasso – ou como não se tornar um. O único single lançado e também maior sucesso do disco é a música “Someone Saved My Life Tonight“, que aborda o relacionamento desastroso de Elton John com Linda Woodrow, que terminou com o suicídio dela em 1969. Ainda destaco a faixa título e “(Gotta Get A) Meal Ticket”.
A capa é uma ilustração criada pelo artista pop Alan Aldridge, que já fez capas para os Beatles, The Who e trabalhos para a Apple.
[divider]
Sabotage – Black Sabbath
O sexto álbum do grupo foi gravado em meio a disputas judiciais com o ex-manager Patrick Meehan. Iommi chegou a dizer que naquela época, quando eles não estavam no estúdio gravando, estavam nos escritórios dos advogados. O clima tenso refletiu em todo o disco, do título Sabotage às letras e a sonoridade mais pesada, com a produção compartilhada entre Tony Iommi e Mike Butcher. “Symptom of the Universe” já foi citada como um dos primeiros Trash Metal já gravados, com seu riff e timbres que marcariam o estilo popular nos anos 80. “Megalomania” é outro hit do disco, enquanto “Am I Going Insane (Radio)” destoa do clima do disco com arranjos diferentes de qualquer outra música do Sabbath, tendo sido muito criticada pelos fãs. “The Writ” conta com a letra de Ozzy desabafando contra Meehan, despejando todo sua frustração contra o show business. Algumas versões do disco contam com uma faixa escondida no final the “The Writ” chamada “Blow on a Jug”, gravada em um volume muito baixo.
A capa do disco é considerada uma das piores de todos os tempos, o que eu concordo plenamente.
[divider]
The Hissing Of Summer Lawns – Joni Mitchell
A cantora canadense Joni Mitchell ganhou uma indicação ao Grammy por sua performance vocal nesse disco. Sua bela voz e interpretação marcante se unem a poesia de suas letras detalhistas e confessionais, que abordam relacionamentos, conflitos, machismo e submissão, acompanhadas por arranjos de jazz rock numa arriscada aposta para criar uma deliciosa fusão de jazz com avant pop. O disco abre com a bela “In France They Kiss On Main Street“, para na sequência mudar de direção com “The Jungle Line“, com seu sintetizador moog e tambores africanos. “Harry’s House – Centerpiece“, parceria de Mitchell com John Hendricks e Harry Edison, se destaca como a melhor do disco, principalmente na parte final. A capa é um desenho da própria Joni Mitchell que ilustra os subúrbios de Beverly Hills, com sua casa marcada em azul e com nativos africanos carregando uma cobra.
[divider]
T.N.T. – AC/DC
Esse foi o segundo álbum do AC/DC lançado apenas na Austrália no mesmo ano. Primeiro saiu “High Voltage”, em Fevereiro, e em Dezembro saiu o “T.N.T”. O resto do mundo receberia no ano seguinte a sua versão de High Voltage, composta por um misto de faixas dos dois álbuns (7 do T.N.T. e 2 do primeiro). Enquanto o primeiro era mais experimental, com os músicos revezando entre os instrumentos, o segundo disco dá vida a formula de rock’n’roll/Hard-rock/Blues e a formação base dos irmãos Young que a banda consagrou e segue até hoje. Durante as sessões de T.N.T foi que Malcolm Young ficou responsável pela guitarra base, Angus com a guitarra solo, antes eles revezavam entre os dois papeis e o baixo em algumas músicas. O disco consolidou o AC/DC em sua terra natal com os sucessos “High Voltage“, “It’s a Long Way to the Top (If You Wanna Rock ‘n’ Roll)” e “T.N.T.“, e abriu caminho para a conquista do mundo. O resto da história você já conhece.
[divider]
Fleetwood Mac – Fleetwood Mac
O décimo álbum da banda marca a entrada de Lindsey Buckingham como guitarrista, Stevie Nicks nos vocais, e do produtor Keith Olsen. Inicialmente após a saída de Bob Welch, Olsen havia indicado Buckingham como guitarrista para Mick Fleetwood, que resolveu convidá-lo depois de ouvir o disco Buckingham Nicks. Porém Lindsey disse que só aceitaria caso sua namorada Stevie Nicks também entrasse na banda. A condição foi aceita e assim começou uma das formações de maior sucesso da música. Em três meses eles gravaram o disco, que acabou tendo uma recepção fria de inicio. Apesar disso a banda saiu em longa turnê divulgando as músicas novas e após um ano do lançamento o disco finalmente alcançou o topo da Billboard, ficando 37 semanas no top 10. Os destaques ficam por conta dos singles “Over My Head“, “Rhiannon” e “Say You Love Me“, além da bela “Crystal“. Na capa estão o baterista Mick Fleetwood e o baixista John McVie.
[divider]
Zuma – Neil Young and The Crazy Horse
Neil Young é o único artista a emplacar dois álbuns nessa lista, o que revela a efervescência criativa que o músico viveu na década de 70. Esse álbum marca a primeira gravação de Young acompanhado da formação atual da Crazy Horse, que havia perdido seu líder e guitarrista Danny Whitten de overdose. Neil então recruta o guitarrista Frank Sampedro, para se juntar ao baixista Billy Talbot e ao baterista Ralph Molina. O disco de nove faixas conta com “Cortez The Killer“, uma das músicas mais famosas do roqueiro canadense. A música que fala sobre a conquista espanhola na América Central composta por Young ainda na escola conta com um verso perdido, que não foi gravado por que o estúdio ficou sem eletricidade durante a edição final. “Through My Sails” foi aproveitada do CSNY e conta com a participação de Crosby, Stills e Nash na gravação. Já “Danger Bird” já foi citada por Lou Reed como a prova do grande guitarrista que Neil Young se tornou naquela época.
[divider]
You might also like
More from Listas
Os 30 Melhores Discos de 2019 (até o momento)
Por Flavio Testa e Isadora Tonini O 505 Indie diminuiu o ritmo de postagens, mas um post que segue firmão é …
Os 50 Melhores Álbuns Brasileiros de 2018
por Flavio Testa, exceto em: Abujamra, Elza, Gal, Lenine, Pedro Luis, Caetano e filhos, Ceumar e cia por Raphael Pousa Dingo Bells …
Os 30 melhores discos brasileiros de 2018, até o momento
por Flavio Testa, exceto em: Abujamra, Elza, Lenine, Caetano e filhos, Ceumar e cia por Raphael Pousa Dingo Bells por Rodrigo Fonseca Mahmundi …