Young Americans – David Bowie
No seu nono disco de estúdio, o camaleão mostra sua faceta mais black/soul music. Com fortes influências do R&B americano e da soul dos anos 70, Bowie recrutou músicos novos da cena americana, como o guitarrista Carlos Alomar que mais tarde se tornaria colaborador frequente, para as sessões de gravação no Sigma Sound Studio, na Philadelphia, com o produtor Tony Visconti. Dessas sessões saíram a maioria das faixas, como a faixa-título “Young Americans”. O restante foi gravado no Electric Lady Studio com a participação de John Lennon, de onde originaram a versão de “Across The Universe” (dos Beatles) e “Fame“, colaboração com Lennon e utilizando um riff de guitarra criado por Carlos Alomar, que chegou ao topo das paradas americanas. Uma curiosidade é que duas músicas do álbum entraram na trilha sonora da franquia de games Grand Theft Auto. “Somebody Up There Likes Me” aparece em Grand Theft Auto: San Andreas na estação de rádio K-DST, e “Fascination” marca presença em Grand Theft Auto IV na estação Liberty Rock Radio, que teve a curadoria de Iggy Pop.
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Fly By Night – Rush
Apesar de ser o segundo álbum da banda, esse disco marca a origem do Rush como conhecemos hoje, já que é nele que Neil Peart faz sua estreia como baterista e principal letrista, iniciando literalmente uma nova era do trio canadense. Gravado em Toronto no Canadá, foi mixado usando uma console Neve, considerado um dos melhores equipamentos de todos os tempos pelos engenheiros de som (Neil Young, Nirvana, Bruce Springsteen e Tom Petty já usaram esse equipamento antes do digital dominar tudo). A alta qualidade da gravação do álbum colaborou para o sucesso entre os fãs de rock progressivo e aficionados por som, que passaram a conhecer melhor o trabalho da banda. Os singles “Fly By Night” e “Making Memories“, junto com o rock progressivo de 8 minutos “By-Tor & the Snow Dog” são os destaques do álbum.
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Venus And Mars – Paul McCartney & The Wings
Depois do sucesso esmagador de “Band On The Run” (1973), Venus and Mars veio com a difícil missão de manter o fôlego e afirmar o Wings como uma banda de fato. Para tanto, Paul recrutou Jimmy McCulloch na guitarra e Geoff Britton na bateria (que seria substituído por Joe English ainda durante as gravações), que se juntaram a sua esposa Linda e ao guitarrista Denny Laine em 1974. Assim que foi lançado, o álbum ficou em primeiro lugar nas paradas britânica e americana, com o single “Listen What The Man Said” também chegando ao topo da Billboard. Apesar de ter vendido 4 milhões de cópias e emplacado uma longa turnê, o disco não alcançou o mesmo sucesso do seu predecessor. Mesmo assim, Venus And Mars está entre as obras mais consistentes de Paul com o The Wings, com destaque para as faixas “Rock Show“, “Listen What The Man Said“, “Letting Go” e “Magneto and Titanium Man“.
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Ritchie Blackmore’s Rainbow – Rainbow
Com problemas no Deep Purple devido a diferenças criativas, Blackmore convidou o vocalista do Elf (Que costumava abrir shows do Deep Purple) para a gravação de um single solo. O resultado foi tão bom que Blackmore recrutou os outros membros do Elf e em três semanas gravaram o álbum de estreia do Rainbow em Munique, Alemanha. Ah, o vocalista era um baixinho de voz impressionante chamado Ronnie James Dio. A colaboração de Dio na gravação foi importantíssima. Ele assina a maioria das letras e a produção junto com Blackmore. Os dois se davam muito bem, tanto que a formação responsável pela gravação foi desfeita sem nunca ter tocado ao vivo, mas Ritchie manteve Dio e sempre demonstrou grande admiração por ele. (O que é bem raro na história de Blackmore, conhecido pelo temperamento instável e difícil, além do ego enorme). Com um estilo focado no Heavy e Hard Rock, a guitarra de Blackmore e a voz de Dio como alicerces, o disco desfila canções como “The Man On The Silver Montain“, “Sixteenth Century Greensleeves“, “The Temple of the King” e “Still I’m Sad“, cover instrumental do Yardbirds.
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ABBA – ABBA
Depois do sucesso do disco Waterloo (1974), que ganhou o festival Eurovision e apresentou o duo pop para além das fronteiras da Suécia, o terceiro e autointitulado álbum foi o responsável por estabelecer o nome do ABBA no cenário internacional. O primeiro single “I Do, I Do, I Do, I Do, I Do” não fez tanto sucesso nos Estudos Unidos e Reino Unido, embora tenha liderado as paradas Australianas. Já os singles seguintes, “SOS” e “Mamma Mia“, fizeram muito sucesso nos Estados Unidos e Reino Unido, os principais mercados, e ajudaram o grupo a deixar o status de novidade exótica e entrar no mainstream. A eficiência em sintetizar o rock e o pop foi o que mais chamou a atenção à época. Embora não seja um dos melhores discos do duo, o trabalho demonstra bem o som eclético que marca sua carreira, com músicas que vão do hard rock como “Hey, Hey Helen“, até ousadas canções instrumentais como “Intermezzo No. 1“, demonstrando a formação clássica dos músicos.
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Radio-Activity – Kraftwerk
O quinto álbum do grupo alemão pioneiro da música eletrônica representa uma obra conceitual, com letras tanto em inglês quanto em alemão, sem diferença entre as versões como acontecia nos discos anteriores da banda. O jogo de palavras e o humor aparecem na faixa título e também em “Radio Stars“, que sugere uma temática sobre as estrelas do rádio, mas na verdade fala sobre quasares e pulsares. O disco marca o uso do teclado Vako Orchestron comprado durante a turnê do Autobahn, e do Micromoog, ambos muito utilizados nas gravações que pela primeira vez não tiveram instrumentos como flauta, violino e guitarra. A música título foi o single com “Antenna” como lado B. A faixa “Uranium” foi sampleada pelo New Order na música “Blue Monday” e a introdução de “Ohm Sweet Ohm” foi utilizada pelo The Chemical Brothers em “Leave Home“.
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